Lutas históricas por dignidade, justiça laboral e melhores condições para realizar suas atividades são a base do que se rememora no Dia do Trabalhador. Feriado, o 1º de maio no Brasil evoca os movimentos sindical e operário que cresceram entre o fim do século XIX e o começo do XX, culminando na greve de 1917, em São Paulo, que foi alvo de repressão violenta das autoridades da época.
Instituído pelo presidente Arthur Bernardes, em 1924, pelo Decreto nº 4.859, o Dia do Trabalhador só ganhou a massa por volta dos anos 1930, quando as organizações sindicais e os partidos políticos passaram a promover manifestações e eventos para marcar a data.
A remuneração mínima para todas as categorias profissionais só chegou em 1940, quando Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei nº 2.162. Três anos depois, ele sancionou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Em 1954, de volta ao poder, Vargas sancionou a Lei nº 4.090, que instituiu o 13º salário. Essa medida representou uma importante conquista para os operários, que passaram a receber um salário extra no final do ano.
Durante a ditadura, comemorações na data foram proibidas, voltando a acontecer apenas em 1968, quando uma grande manifestação de trabalhadores em São Paulo reuniu mais de 100 mil pessoas. Foi só com a Constituição Federal do Brasil de 1988 que direitos trabalhistas, como a jornada de trabalho de oito horas diárias, férias remuneradas e licença-maternidade foram estabelecidos.
De lá para cá, algumas coisas mudaram. A reforma trabalhista de 2017, por exemplo, trouxe mudanças substanciais para a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) instrumentalizada pela lei № 13.467 de 2017. A medida levou a criação da chamada Lei da Terceirização e da categoria intermitente de trabalho. O processo de uberização do trabalho e os incentivos ao empreendedorismo também foram novidades na vida do trabalhador que, diante de recessões, baixa oferta de funções e desemprego, precisaram encontrar novas formas de sobrevivência no mercado.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (30), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) que revelou uma taxa de 7,9% de desocupação no primeiro trimestre de 2024, o menor número para o período desde 2014, quando alcançou 7,2%. Em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2023, o resultado representa uma elevação de 0,5 ponto percentual (7,4%).
Segundo o IBGE, o país tinha 8,6 milhões de pessoas desempregadas no primeiro trimestre, 542 mil a mais (+6,7%) que no fim do ano passado. Já em relação ao mesmo período de 2023, o saldo é de 808 mil pessoas a menos (-8,6%).
Aplicável como ferramenta na busca por emprego, a internet tem sido útil para trabalhadores que buscam se reinserir no mercado de trabalho ou buscar novos cargos em empresas, uma vez que plataformas digitais têm revolucionado a forma com que currículos são enviados e analisados. Gupy, LinkedIn, Indeed e Vagas são sites conhecidos por quem busca ocupar um lugar no mercado de trabalho. Embora sejam alvos de críticas por conta do trabalho de seus algoritmos ou por eventuais congelamentos de vagas, as plataformas de vagas são um recurso valioso para ser visto enquanto batalha por um lugar ao sol.
Desde março de 2023, a Gupy permite que empresas cadastradas no site criem páginas de carreiras com acesso exclusivo para suas pessoas colaboradoras e publiquem vagas internas que podem, posteriormente, ser alteradas para externas.
Entre os benefícios profissionais do uso de plataformas digitais levantados no Likedin estão:
Acessibilidade e Alcance Global: Sites que agregam vagas de emprego permitem que os usuários pesquisem empregos em diversas regiões, aumentando as oportunidades de encontrar posições que se ajustem às suas habilidades e aspirações, independentemente de sua localização, uma vez que vagas de trabalho remoto podem ser localizadas com mais facilidade.
Networking Facilitado: O networking é uma parte essencial da busca por emprego. Plataformas como o LinkedIn proporcionam uma rede de conexões profissionais onde indivíduos podem interagir com colegas de indústria, recrutadores e líderes empresariais, além de permitir a descoberta de oportunidades de emprego não anunciadas e para receber recomendações que podem ser cruciais para a contratação.
Processos de Candidatura Simplificados: Muitas plataformas oferecem funcionalidades que simplificam o processo de candidatura, como a aplicação com um clique ou a possibilidade de usar perfis digitais como currículos. Essa simplificação reduz barreiras, tornando mais fácil para os candidatos aplicarem para mais vagas de emprego em menos tempo.
Personalização e Recomendações Inteligentes: Algoritmos avançados são usados para analisar as informações dos usuários e as descrições das vagas para recomendar as melhores correspondências. Isso significa que os candidatos podem receber notificações automáticas sobre empregos que correspondem exatamente às suas habilidades e experiências, tornando a busca por emprego mais direcionada e menos desgastante.
Feedback e Análises: Algumas plataformas oferecem feedbacks humanizados sobre candidaturas e entrevistas, permitindo aos candidatos entender melhor como podem melhorar suas abordagens em futuras aplicações. Além disso, informações detalhadas sobre as tendências do mercado de trabalho estão disponíveis para ajudar os usuários a ajustar suas expectativas e estratégias.
Diversidade e Inclusão: Plataformas digitais também têm um papel importante na promoção de diversidade e inclusão no local de trabalho. Ferramentas e políticas projetadas para promover vagas afirmativas (voltadas para pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+ e com deficiência) ajudam a reduzir barreiras sociais e a ampliar a pluralidade no ambiente de trabalho.
Em suma, as plataformas digitais não apenas facilitam a busca por empregos de forma mais eficiente e menos restritiva, mas também oferecem ferramentas para que os profissionais gerenciem suas carreiras de maneira proativa. Isso democratiza o acesso às oportunidades, empodera os candidatos e transforma a dinâmica do mercado de trabalho em um cenário globalizado.
Com informações de Politize e dados Agência Brasil
